Os impactos dos erros refrativos em cada fase da vida
Os erros refrativos, também conhecidos como grau ou ametropia, são um problema de visão decorrente da focalização inadequada da luz que entra nos nossos olhos e chega à retina.
Essa condição está associada ao tamanho do globo ocular ou a irregularidades na anatomia da córnea e pode surgir ainda na infância, progredindo ao longo da vida e impactando diretamente o bem-estar do paciente.
Para se ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 40% dos problemas de visão nos países em desenvolvimento são causados por erros refrativos não corrigidos, o que também se apresenta como fator de alerta para o surgimento de complicações oculares.
QUAIS SÃO OS ERROS DE REFRAÇÃO?
– MIOPIA: é a dificuldade em enxergar os objetos a longa distância. Ela ocorre devido à curvatura e alongamento da córnea, e faz com que a luz seja focada à frente da retina. Suas causas são diversas, mas acredita-se que a mais comum seja a hereditariedade.
– HIPERMETROPIA: é caracterizada por um globo ocular relativamente menor que o normal, forçando a imagem a ser formada atrás da retina. Nesse caso, o paciente não enxerga bem “de perto”, principalmente à meia-luz.
– ASTIGMATISMO: é quando a córnea tem diferentes curvaturas, fazendo com que os objetos pareçam embaçados e distorcidos a qualquer distância. É comum encontrar pacientes que tenham astigmatismo associado a miopia ou hipermetropia.
– PRESBIOPIA: diferentemente dos anteriores, esse é causado por uma dificuldade de acomodação do cristalino, a lente natural dos olhos. É popularmente conhecido como “vista cansada”, costuma surgir após os 40 anos de idade e dificulta a visão dos objetos próximos. É o que explica, por exemplo, a necessidade de algumas pessoas mais velhas estenderem o braço para enxergar livros e celulares.
QUAIS OS IMPACTOS EM CADA FASE DA VIDA?
Conforme mencionado anteriormente, os efeitos negativos da má visão começam cedo. Além da falta de nitidez, eles costumam causar fadiga ocular, dor de cabeça, lacrimejamento excessivo, coceira e outros incômodos que comprometem a qualidade de vida como um todo.
Nas crianças, os principais impactos estão na socialização, alfabetização inicial e desempenho escolar. Nessa etapa da vida, enxergar mal pode fazer com que os pequenos confundam letras e números, tenham dificuldade para ler, percam o interesse pela aula e evitem brincar ou praticar esportes.
Na adolescência, a dor de cabeça continua (literalmente!). A falta de cuidados intensifica os sintomas e pode se agravar com a exposição excessiva à luz ultravioleta e às longas horas em frente aos eletrônicos (celular, tablets e computadores).
É bom ressaltar, também, que nem todos os jovens lidam muito bem com a ideia de usar óculos, já que a questão estética tem um peso emocional grande nessa fase. Isso faz com que seja ainda mais desafiador aplicar um tratamento efetivo.
Por volta dos 18 anos, enxergar mal interfere diretamente em um dos principais objetivos dos jovens: a carteira de habilitação. É preciso estar com os olhos bem cuidados e os óculos em dia para garantir que a direção seja a mais segura possível.
Já na fase adulta, conforme adiantado no tópico anterior, a presbiopia pode surgir e se desenvolver a ponto de interferir em diversas atividades do dia a dia, como a leitura, costura, trabalho e comunicação. Além disso, quem chega até essa idade com um erro refrativo agravado pode ter maiores chances de desenvolver outros problemas oculares, como a catarata, glaucoma e degeneração macular.
COMO TRATÁ-LOS?
Não importa qual seja a idade, é preciso consultar um oftalmologista regularmente!
Recomenda-se que o check-up ocular seja realizado uma vez ao ano a partir do 2º ano de vida. Entretanto, existem casos em que se faz necessário acompanhar o quadro com maior regularidade, principalmente se a evolução ocorre de maneira acelerada.
Os principais tratamentos indicados para erros refrativos são os óculos e lentes de contato, receitados por um médico de acordo com a necessidade específica do paciente. Esses acessórios jamais podem ser emprestados, divididos ou comprados de qualquer forma.
Quem é maior de idade e apresenta um grau estável pode checar a viabilidade de passar pela cirurgia refrativa, um procedimento à laser feito no próprio consultório médico para corrigir as irregularidades na córnea e devolver a plena visão, sem a necessidade de voltar a usar óculos. Os candidatos devem conversar abertamente com um oftalmologista a fim de conhecer todas as características da cirurgia e checar se não possuem alguma patologia ocular que contraindique sua realização.
Caso tenha alguma dúvida sobre essa ou qualquer outra condição ocular, fique à vontade para entrar em contato. Você pode acompanhar os meus conteúdos pelas redes sociais (@drclaudiopicosse) e agendar uma consulta pelos telefones que estão sinalizados no topo do meu site:
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-Fontes:
Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Revista Veja Bem. Ed. 26. Ano 08. 2020.
Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Revista Veja Bem. Ed. 07. Ano 03. 2015.