Transplante de córnea: Quando é necessário? Como é o pré e o pós-operatório?
Você sabia que o Brasil é referência mundial em transplantes de órgãos e tecidos? Isso se dá pelo fato de que o nosso país reconhece a importância desse tratamento e é um dos únicos no mundo a terem um programa público sólido para oferecê-lo à população.
O transplante de córnea, por exemplo, é uma grande esperança para os pacientes que sofrem com algum problema grave nessa estrutura e desejam retomar a qualidade de vida.
Atualmente, quem faz o controle da retirada, avaliação, armazenamento e disponibilização das córneas doadas são os Bancos de Olhos espalhados pelo país. Qualquer pessoa, independente da idade, pode ser doadora e ajudar outro indivíduo que precisa do tratamento – basta informar a família.
Assim como os outros tipos, o transplante de córnea é uma cirurgia que demanda muitos cuidados – tanto do médico quanto do paciente – para preservar a segurança e atingir bons resultados para a visão.
QUEM PRECISA DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA?
São candidatos à cirurgia de transplante de córnea os pacientes que possuem quadros avançados de:
- Ceratocone;
- Distrofia de Fuchs;
- Leucoma;
- Ceratitie;
- Queimadura ocular;
- Ceratopatia bolhosa;
- Úlcera de córnea e outras doenças que acometem a região.
Via de regra, a lista de espera para um transplante caminha em ordem cronológica, respeitando a prioridade para os casos mais graves que envolvem, por exemplo, uma infecção ou perfuração.
TIPOS DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA
De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia, a cirurgia pode ser classificada de acordo com a parte da córnea a ser transplantada, uma vez que nem sempre será necessário trocar toda a estrutura.
Dessa forma, um transplante pode ser:
- Ceratoplastia penetrante ou transplante total: como o próprio nome indica, é a cirurgia que vai substituir a córnea por completo. Por esse motivo, seu tempo de recuperação é maior.
- Ceratoplastia lamelar anterior ou transplante de espessura parcial: é o tipo mais indicado para os casos de ceratocone, pois só exige a troca da camada mais externa da córnea.
- Transplante endotelial: ao contrário do anterior, é o tipo que exige apenas a substituição da camada mais interna da córnea, o endotélio. É mais indicado para os casos de Distrofia de Fuchs.
COMO FUNCIONA O PRÉ-OPERATÓRIO?
Conforme eu já adiantei no início desse artigo, um transplante de córnea exige cuidados para preservar a segurança do paciente.
Tudo isso começa por uma boa avaliação. É nesse momento que vamos conhecer o perfil da pessoa, fazer exames, tirar as dúvidas e identificar qual tipo de cirurgia é a mais indicada.
Quando a data da operação estiver marcada, é hora de acertar os últimos detalhes.
É recomendado que os pacientes façam jejum de pelo menos 8 horas antes do procedimento e suspendam o uso de maquiagens e outros cosméticos ao redor dos olhos. Além disso, cada pessoa deve checar individualmente a necessidade de continuar ou suspender o uso dos seus medicamentos de rotina (hipertensão, diabetes, colírios, anticoagulantes, entre outros).
No dia da cirurgia não será necessário ficar internado, pois a alta costuma ocorrer logo em seguida. Por outro lado, como o paciente está mais sensível e não poderá dirigir, é fundamental contar com o apoio de um acompanhante.
E COMO É O PÓS-OPERATÓRIO?
Ao sair da clínica, o paciente recebe todas as orientações necessárias para ter um período de recuperação mais tranquilo:
- Respeitar as doses e intervalos dos antibióticos e anti-inflamatórios receitados;
- Não retirar o curativo sem orientação médica;
- Não coçar e nem apertar o olho;
- Evitar tomar sol direto no olho operado;
- Respeitar o repouso dos primeiros dias;
- Ir às consultas de retorno;
- Buscar orientação do cirurgião diante de qualquer dúvida ou desconforto.
Quer saber mais sobre esse e outros assuntos da oftalmologia? Lembre-se que eu estou à disposição. Você pode agendar um horário pelos telefones que estão sinalizados no topo do meu site:
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Dr Cláudio Picosse – Oftalmologista
CRM MG: 44139