Cirurgia de catarata diminui os riscos de depressão, saiba mais!
Todos sabemos que um problema avançado na visão prejudica muitas atividades do dia a dia e interfere negativamente na qualidade de vida de uma pessoa. Com a catarata, é claro, não é diferente.
Além de deixar a visão borrada, com aspecto “nublado”, e limitar a nossa locomoção, diversos estudos têm mostrado que os efeitos da catarata também parecem atingir a saúde mental, aumentando, por exemplo, os riscos de depressão.
O QUE É CATARATA?
Em resumo, a catarata é uma doença em que ocorre a perda de transparência do cristalino, também conhecido como a lente natural dos olhos. Essa opacificação é progressiva, ou seja, piora com o passar dos anos, e compromete a entrada da luz convertida nas imagens que enxergamos.
A catarata pode ser dividida em três tipos: a mais comum de todas é a catarata senil, que como o próprio nome indica, surge em função das alterações naturais do envelhecimento e é frequente na terceira idade. Além disso, existe a catarata congênita, presente desde o nascimento, e a catarata secundária, que é decorrente de um outro fator (radiação, trauma ou doença ocular, doenças sistêmicas etc.).
QUAIS OS RISCOS DA CATARATA PARA A SAÚDE MENTAL?
Em um estudo publicado em 2017 na revista Nature, pesquisadores já observavam um risco elevado de depressão associada ao glaucoma e outras doenças oculares, podendo chegar a até 25% dos pacientes. Agora, uma outra avaliação se dedicou apenas aos casos de catarata.
Ao longo da análise, também publicada na Nature, os cientistas identificaram 116.629 pacientes com diagnóstico recente da doença e outros 116.629 com visão saudável. O resultado da avaliação psicológica mostrou que, em um período médio de acompanhamento de 7 anos, a catarata esteve significativamente associada a um aumento do risco de desenvolver depressão.
Entre as possíveis explicações para a existência dessa relação, podemos destacar a perda de independência, as dificuldades de locomoção, os prejuízos ao lazer e o afastamento das atividades cotidianas que sempre estiveram presentes na vida do paciente, como a culinária, a leitura e a direção veicular. Além disso, vale a pena ressaltar a sensação de medo e insegurança provocadas pela doença e os mitos que ela ainda carrega.
COMO A CIRURGIA PODE AJUDAR?
Atualmente, o único tratamento eficaz para a catarata é a cirurgia. Esse procedimento consiste em fragmentar o cristalino opacificado em pedaços microscópicos, sugá-lo e substituí-lo por uma lente intraocular nova, totalmente transparente e selecionada de maneira personalizada para o caso do paciente. Graças aos avanços da medicina, por exemplo, essa lente consegue corrigir não só a catarata, mas os graus de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia, devolvendo uma plena visão sem a necessidade de voltar a usar óculos.
O mesmo estudo que apontou o risco elevado de depressão em pacientes com catarata mostrou que as chances eram ainda maiores entre aqueles que não se submeteram ao tratamento adequado. Por outro lado, também ficou nítido que fazer a cirurgia e retomar a visão diminui significativamente as possibilidades de apresentar algum sintoma depressivo, independentemente do sexo e da idade do indivíduo.
Ao concluir a avaliação, os pesquisadores reforçam um ponto crucial: saúde ocular e mental estão interligadas, e é por isso que os oftalmologistas precisam estar atentos aos sintomas depressivos e quaisquer sinais que demonstrem um prejuízo ao bem-estar emocional do paciente.
Caso tenha alguma dúvida sobre a prevenção, diagnóstico ou tratamento de catarata, eu estou à disposição. Você pode agendar um horário pelos telefones que estão sinalizados no topo do meu site:
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Dr Cláudio Picosse – Oftalmologista
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