Os olhos das crianças precisam de cuidados desde cedo! Conheça os exames mais importantes
O olho infantil começa a ser formado ainda no início da gestação e amadurece aos poucos até os oito anos de idade, aproximadamente. Ao longo de todo esse período, o desenvolvimento celular e as interações com o ambiente externo vão fortalecer a musculatura ocular, aprimorar a visão central e melhorar a percepção de cores, profundidade e detalhes. Só para você ter uma ideia, nas primeiras semanas de vida, o bebê enxerga a menos de 30 cm e geralmente embaçado.
Como as crianças têm dificuldade para verbalizar seus incômodos gerais, especialmente com a visão, é fundamental que os pais criem o hábito de consultar um oftalmologista regularmente. Por mais simples que pareça, um check-up bem feito pode diagnosticar doenças em fase inicial, aumentar a eficiência dos tratamentos e preservar a qualidade de vida dos pequenos.
QUANDO DEVO LEVAR A CRIANÇA NO OFTALMO?
A primeira avaliação ocular de uma criança é feita ainda na maternidade, antes da alta. Em geral, um médico neonatologista faz uma inspeção para detectar anormalidades mais aparentes, como um retinoblastoma (tumor da retina mais comum em crianças), catarata congênita e erros refrativos graves (como a alta miopia).
Antes de entrar no cronograma propriamente dito, é bom já quebrar um mito perigoso. Engana-se quem pensa que a criança só deve ir ao oftalmo depois de alfabetizada, já que vai precisar ler as letrinhas do exame de vista! Hoje em dia, há muitas avaliações fundamentais que sequer exigem uma fala da criança, ou seja, são feitas apenas por teste de reflexo, observação dos movimentos e outras técnicas semelhantes.
A primeira avaliação pós-maternidade geralmente é realizada com três meses de idade, pois o globo ocular e o campo de visão já estão em um período importante de amadurecimento. Em seguida, os pequenos devem voltar ao consultório aos seis e doze meses de vida. Se não houver um grande fator de risco para doenças oculares, tais como diabetes e infecções neonatais, os check-ups podem ser feitos anualmente e para toda a vida. Por outro lado, se o médico julgar necessário, o acompanhamento deve ser semestral.
QUAIS OS PRINCIPAIS EXAMES?
Conforme recomendação do Ministério da Saúde, o exame ocular infantil para prevenção de doenças e deficiências visuais inclui:
- Exame externo da face e olhos: o médico vai observar a simetria e posicionamento dos olhos. Além disso, analisa a frequência com que a criança pisca, a aparência da órbita (cavidade ao redor dos olhos), a estética dos cílios e supercílios, os detalhes das pálpebras e a saúde geral das demais estruturas oculares (conjuntiva, esclera, cor da íris, brilho e manchas na córnea esclera, opacidades na pupila etc.).
- Avaliação de reflexo da pupila: essa pequena bolinha preta no centro do nosso olho abre e fecha para controlar a quantidade de luz que entra nos olhos. Nesse sentido, o oftalmologista precisa analisar se ela responde corretamente aos estímulos.
- Avaliação da motilidade ocular: é um grande exemplo de exame que não precisa da alfabetização e nem da fala da criança. É importante observar se os olhos se mantêm alinhados diante de um estímulo luminoso, se eles conseguem se fixar ou se movimentar de maneira conjunta em todos os sentidos e se seguem bem os objetos que o oftalmologista vai apresentar. Nessa etapa, testamos também as reações com um dos olhos tampados.
- Medida da acuidade visual: como eu mencionei, a criança nasce com uma acuidade muito baixa, ou seja, enxerga embaçado e a uma distância muito curta. Essa evolução é gradativa e precisa ser acompanhada pelo médico para garantir que tudo esteja caminhando da maneira correta. É nessa fase que são identificados os graus de miopia, hipermetropia e astigmatismo, por exemplo.
EM QUAIS SINAIS EU DEVO FICAR DE OLHO?
Mesmo que a criança não fale abertamente sobre o assunto, os pais conseguem observar alguns detalhes no dia a dia que podem representar uma dificuldade com a visão. Nessas horas, buscar apoio especializado é fundamental.
Observe se o seu filho(a):
– Se aproxima muito da TV, do computador ou do celular;
– Tem dificuldade pra encontrar objetos muito próximos ou mais distantes;
– Está com os olhos frequentemente vermelhos;
– Não pisca ou pisca demais;
– Apresenta algum tipo de desalinhamento ou tamanho irregular dos olhos;
– Tem o costume de franzir a testa ou inclinar a cabeça pra enxergar;
– Coça muito o olho;
– Tem dor de cabeça frequente ou algum mal-estar depois de ler, desenhar ou escrever;
– Tem lacrimejamento excessivo;
– Não se interessa muito pelas atividades que exigem leitura ou foco.
Caso tenha alguma dúvida sobre a saúde ocular dos pequenos e queira agendar uma consulta, estou à disposição. Você pode marcar um horário pelos telefones que estão sinalizados no topo do meu site:
Sermed:
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