O corpo humano funciona como uma verdadeira máquina, tudo está interligado. Os olhos, por exemplo, dizem muito sobre o nosso estado geral de saúde e podem ser o ponto de partida para o diagnóstico de doenças que surgem em outros órgãos.

Enxergar mal, na maioria das vezes, indica um problema ocular, mas como bem reforça o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, os incômodos visuais também podem ser sinais de problemas sistêmicos e crônicos.

Aqui estão alguns exemplos interessantes:

DIABETES MELLITUS

Boa parte das manifestações oculares do diabetes acontece na retina. A principal delas decorre do enfraquecimento dos vasos sanguíneos e baixa oferta de oxigênio às suas estruturas. Esse processo favorece hemorragias, microaneurismas e a perda gradativa da visão. 

ANEMIA FALCIFORME

Essa doença provoca alterações no formato dos glóbulos vermelhos do sangue, que adquirem a aparência de uma “foice”. Uma vez deformadas, essas células não transportam o oxigênio aos olhos de maneira adequada e podem provocar glaucoma neovascular, hemorragia vítrea, isquemia retiniana, oclusões venosas e outras condições adversas.

HIPERTIREOIDISMO

É uma doença caracterizada pela produção excessiva dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), o que leva a diversas alterações no organismo. No que diz respeito aos olhos, devemos prestar atenção ao risco elevado de proptose (olhos saltados), retração palpebral, visão dupla e desvio ocular. Há manifestações ainda mais graves, como a úlcera da córnea e perda visual.

HIPERTENSÃO ARTERIAL

O excesso de pressão do sangue sobre as paredes das veias, a longo prazo, pode desencadear microaneurismas, neovascularização, neuropatia óptica, oclusões venosas e outras condições prejudiciais à visão.

MIASTENIA GRAVIS

Trata-se de um distúrbio autoimune que afeta a comunicação entre os nervos e os músculos de todo o corpo. Entre as manifestações oculares destaca-se a pálpebra caída (ptose palpebral), visão dupla e enfraquecimento dos músculos do globo ocular (oftalmoplegia).

A lista de doenças não para por aí. Podemos citar, ainda, a esclerose múltipla, sífilis, artrite reumatoide, lúpus, tuberculose e muitas outras. A lição que fica é a importância de mantermos hábitos de vida saudáveis e consultarmos nossos médicos de confiança anualmente (inclusive o oftalmologista) a fim de reduzir os riscos e favorecer um diagnóstico precoce.

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