Tudo o que você precisa saber sobre CERATOCONE
O Junho Violeta é uma campanha mundial a favor da conscientização sobre os riscos do ceratocone, uma doença ocular que, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), afeta até 600 pessoas a cada 100.000 no mundo.
Aproveitando a temática, reuni as principais informações sobre este problema e compartilhei neste blog. Leia até o final para entender como ele ocorre, quais os efeitos na rotina, fatores de risco e formas de tratamento
O QUE É CERATOCONE?
O ceratocone é uma alteração progressiva na estrutura da córnea, que se torna mais fina e pontiaguda ao longo do tempo, adquirindo o formato de um “cone” (entendeu de onde vem o nome?). Ela costuma surgir ainda na infância e adolescência, em um ou em ambos os olhos, e tende a se estabilizar após alguns anos.
QUAIS AS CAUSAS?
Não há uma única causa para o surgimento do ceratocone. Sabe-se que a genética influencia, por isso o histórico familiar demanda cuidado redobrado.
Na 26ª edição da Revista Veja Bem, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia aponta que a genética define o quão resistente são as estruturas da córnea, mas alguns hábitos de vida têm forte influência sobre o desenvolvimento ou não do ceratocone. Há um consenso de que o ato de coçar os olhos e dormir fazendo pressão nos olhos, por exemplo, agravam as deformações na córnea e intensificam o quadro, assim devem ser evitados.
O “poder da coceira” também faz com que pacientes alérgicos tenham mais chances de apresentar ceratocone.
E OS SINTOMAS?
O formato irregular da córnea costuma causar visão embaçada, maior sensibilidade à luz, dores de cabeça pela necessidade constante de forçar a vista, dificuldade para usar lentes e rápida progressão dos quadros de miopia e astigmatismo. Por esse cenário, algumas atividades corriqueiras do dia a dia, como a leitura e direção veicular, são comprometidas e afetam a qualidade de vida do paciente.
COMO TRATAR?
Os casos iniciais podem ser administrados com óculos de grau ou lentes de contato, a fim de normalizar a acuidade visual.
Apesar de não ter cura, o ceratocone pode ter sua progressão interrompida por meio de alguns procedimentos cirúrgicos. Os dois mais comuns são o crosslinking, quando o oftalmologista aumenta a resistência da córnea por meio de uma interação entre colírio de riboflavina e laser ultravioleta, ou implante de anel intracorneano (anel de ferrara), utilizado para corrigir a má curvatura da córnea na quantidade necessária para o paciente enxergar adequadamente.
Independente de qual seja a técnica adotada, o mais importante é que o paciente tenha um diagnóstico precoce. Consultas de rotina com um oftalmologista são essenciais e podem detectar anormalidades nas estruturas oculares antes mesmo da visão ser prejudicada.
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