Você já imaginou como seria sua vida se enxergasse tudo meio “nublado”, sem brilho e sem nitidez? Essa é a realidade de quem tem a catarata, um problema de visão caracterizado pela perda progressiva de transparência do cristalino, a lente natural do nosso olho.

De acordo com Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), estima-se que 65,2 milhões de pessoas ao redor do mundo sejam cegas ou tenham um alto comprometimento visual em função dessa doença, o que reforça a importância de redobrarmos os cuidados da prevenção ao tratamento.

O QUE CAUSA A CATARATA?

O principal fator causador dessa condição é o envelhecimento natural, principalmente pelas alterações bioquímicas que ele promove no cristalino e que alteram diretamente a sua transparência.

Além disso, há outros aspectos que devem ser levados em conta por seu potencial de provocar ou acelerar a doença. São eles: diabetes, hipertensão, galactosemia, traumas oculares, alta exposição à radiação, tabagismo (nicotina), alcoolismo, uso elevado de esteróides (medicamentos), complicações cirúrgicas, alta miopia, questões nutricionais etc. De modo geral, não há como evitar a predisposição genética ou o envelhecimento, mas é possível adotar bons hábitos de vida que reduzem a exposição aos fatores de risco.

COMO FUNCIONA O TRATAMENTO?

Atualmente o único tratamento efetivo para eliminar a catarata é a cirurgia, e é importante ressaltar que não tem hora certa para realiza-la! Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, não é preciso que a catarata “amadureça” para ser operada. O quanto antes fizer, melhor para a sua qualidade de vida.

O procedimento é realizado na própria clínica do oftalmologista, sem internação e com anestesia tópica (colírio). Em poucos minutos, o médico “quebra” o cristalino em pequenos fragmentos, aspira e substitui por uma lente intraocular nova e totalmente transparente, devolvendo a plena visão.

Concluída a operação, o paciente volta para casa no mesmo dia, em segurança, e pode retomar suas atividades em pouco tempo.

QUAL A RELAÇÃO COM OS ÓCULOS, ENTÃO?

Hoje em dia, com os avanços conquistados pela medicina, as lentes intraoculares implantadas na cirurgia também são capazes de corrigir os graus de miopia, hipermetropia e astigmatismo.

A escolha das lentes depende de uma série de questões. Durante o pré-operatório, o oftalmologista fará alguns exames que servirão para compreender a anatomia da sua córnea, identificar suas necessidades e compreender qual a melhor forma de intervir.

Há no mercado algumas opções, por exemplo, que corrigem a visão para perto, para longe e para distâncias intermediárias com uma única lente. Não significa, é claro, que todo mundo está a apto a usá-la. Uma boa conversa com o médico é, antes de tudo, a garantia de que seus olhos estarão seguros e alcançarão os melhores resultados possíveis.

Caso tenha alguma dúvida, fique à vontade para entrar em contato. Estou à disposição para te ajudar no que for preciso.

Fontes:
Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa. Disponível em:https://brascrs.com.br/publico/o-que-e-catarata/

CBO. Revista Veja Bem. Ed. 06. Ano 03. Disponível em:https://www.cbo.net.br/novo/publicacoes/vejabem06.pdf